Peregrinar neste blogue

2011-03-03

Será o fim? Ou um novo principio?

Como eu gostava de ter sempre lápis afiado para escrever neste blog...

Tanta coisa que já se passou desde os últimos posts, comigo, com o País que entortou de vez, com a língua falada e escrita que mudou com um acordo, com a nação árabe que ensinou ao mundo a urgência da revolta contra a tirania, com os gritos de revolta que ecoam pelas redes sociais, com os telegramas e faxes confidenciais a serem expostos por quem forças poderosas tentam amordaçar e desacreditar… e com tudo isto, neste canto, o lápis não revela ponta…

Também a fé se tem “ajustado” aos tempos que correm... quem ontem trabalhava de sol a sol e rezava com fervor para que Deus lhe proporcionasse economias para um carro… passou hoje a roubar o carro orando depois ao Senhor pelo perdão do pecado cometido…

Que lição de gestão se pode tirar disto?

2010-11-26

Nunca é tarde demais para se atrasar :)

Quem me conhece sabe que tenho uma Igreja mesmo em frente de casa... sabe também que a minha palmo e meio tem gosto e empenho nas suas actividades escutistas :)
Em consequência disso há certas iniciativas a que não me consigo esquivar :S

Uma delas foi o jantar de despedida do padre, depois de 25 anos de trabalho à frente da paróquia.

O discurso dele foi emocionado:
(SIC)- ... a primeira impressão que tive desta paróquia foi com a primeira confissão que ouvi... A pessoa confessou ter roubado um aparelho de TV aos próprios pais, dinheiro à empresa onde trabalhava, para além de ter aventuras amorosas com as esposas dos amigos. Também se dedicava ao tráfico de drogas e tinha transmitido uma doença venérea à secretária. Fiquei assustadíssimo. Com o passar do tempo, entretanto, conheci uma paróquia cheia de gente responsável, com valores, comprometida com a sua fé.

Atrasado, chegou então o presidente da junta para prestar uma homenagem ao padre. Pediu desculpas pelo atraso e começou o seu discurso:
(SIC) - Nunca vou esquecer o dia em que o padre chegou à nossa paróquia. Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a me confessar.

Lição de Gestão: o que se seguiu é irrelevante... o importante mesmo é que nunca se atrase! Mas, se porventura se atrasar, mantenha a boca fechada!

2010-11-12

Debate entre o Pé e o Pénis

O Pé: Sabes, pénis, eu não me conformo com as injustiças. Tu é que levas uma rica vida. Ficas aí nas cuequinhas de seda, balançando para lá e para cá, todo confortável e eu aqui em baixo só me lixo!!! Fico para aqui dentro destes sapatos, passo a vida a dar tropeções nas esquinas dos móveis, piso na mXXXa e ainda por cima fico cheio de calos e cheiro mal...


O Pénis: Pois é, pé, mas as coisas não são bem assim.... Reclamas à toa. Realmente, de vez em quando, eu estou para aqui quietinho, tranquilo; aí começo a ouvir uma conversa estranha lá fora; então, levanto-me para ver o que está a acontecer. Aí, agarram em mim, enfiam-me num buraco escuro e molhado, depois não sabem se põem ou se tiram, se põem ou se tiram, se põem ou se tiram... Com essa indecisão toda de não saber se entro ou saio, acabo meio tonto, vomito e desmaio...


Lição de Gestão: antes de se candidatar à cobiçada função do seu colega é desejável um diálogo esclarecedor sobre o contexto da mesma...

2010-10-14

O meu tio-avô já vendeu a vaca :)


O meu tio-avô, agricultor, comprou um BMW no stand do Senhor Presidente da Câmara, o filho do padeiro - isto já lá vão uns anos, eram tempos de vacas gordas, podia renovar-se a frota mesmo sem ser empresa pública ou ministério.

Mas não deixou de ficar estupefacto com as taxas adicionais que teve de pagar pelos equipamentos fora de série.

Mas os tempos agora são de vacas magras e, quando o Senhor Presidente da Câmara, o único da terra que, estranhamente, ainda tem dinheiro no bolso, se propôs a comprar ao meu tio-avô a única vaca que ele possuía, não hesitou, negócio feito.

Uma vez que o meu tio-avô prima pela transparência nas transacções, pediu-me para aqui publicar os itens da factura que enviou ao Sr. Presidente da Câmara:

  • 1 vaca (versão standard) preço base 2.400 €
  • 2 cores (preto/branco) mais-valia 150 €
  • Revestimento em couro 100 €
  • Reservatório de leite p/ exploração verão/inverno 50 €
  • 4 torneiras a 12,50 €
  • 2 para-choques, aplicação corneada a 17,50 €
  • Enxota-moscas, semi-automático 30 €
  • Dispositivo de Estrume (BIO) 60 €
  • Cascos todo-terreno e todo-clima 100 €
  • Sistema de travões 2 circuitos (patas tr+dt) 400 €
  • Buzina com vários sons 135 €
  • Faróis HALOGENIOS 150 €
  • Utilização Multi-Enchimento 1.250 €

Total da Vaca segundo o orçamento: 4.910 € + IVA

2010-10-04

Já cortaram na despesa ?


Já foram ao Cortar Despesas ?

Não precisam de ser militantes nem simpatizantes do PSD para lá deixar uma proposta!

Eu já lá coloquei a minha, foi escrita à pressa mas fiz questão de a colocar no primeiro dia da abertura desse espaço! A ver vou se alguém a lê... sinceramente julgo ter lá depositado ideias válidas!

Aqui está o que lá coloquei:

Dou-vos os parabéns por esta iniciativa – aqui deixo a minha proposta que, embora responda à preocupação que levou à criação deste espaço de exposição, não se auto-limitou à dita (cortar na despesa pública), estendendo as medidas às empresas privadas e até uma medida estendida ao contribuinte individual com benefícios indexados à sua participação cívica na vida do País.

ASSIM, ESTA PROPOSTA TEM COMO OBJECTIVOS:

- conter o descontrolo da despesa (pública e não só)

- desincentivar as “fugas aos impostos e às contribuições para a Segurança Social” através de remunerações encapotadas como custos (por entidades públicas e não só)

- ser um “estender de mão” conciliador entre PSD e PS, visto que julgo ser uma possibilidade de indexar a receita (impostos e segurança social) à despesa (custos), moralizando esta última e tendendo ao equilíbrio entre ambas

- incentivar a participação dos eleitores/contribuintes no seu dever cívico de escolha dos seus representantes

ÂMBITO – CONTRIBUINTE INDIVIDUAL/FAMÍLIA:

PROCEDIMENTO:

- não extinguir os benefícios fiscais dos indivíduos/famílias (consoante a modalidade em que é entregue a declaração), mas indexar a sua aplicação ao exercício do dever cívico do indivíduo/família no último acto eleitoral (seja europeu, presidencial, legislativo, municipal…) imediatamente anterior ou igual a 31 Dezembro do ano a que respeitam os rendimentos/benefícios declarados

ÂMBITO – ORGANISMOS/EMPRESAS PÚBLICAS E/OU EMPRESAS PRIVADAS:

São, de facto, estas as entidades (e não os indivíduos) que têm o poder de decisão/implementação na redução/eliminação de custos, embora a maioria deles tenham, como beneficiários, quadros gestores/superiores. Julgo portanto que as penalizações deveriam ser suportadas por estas entidades – penalizações de desincentivo aos custos tendo como contrapartida destes, o financiamento do tesouro e da segurança social.

Às EP’s, ministérios, gabinetes, câmaras municipais… deveria ser de aplicação o mais imediata possível – claro que aqui as penalizações voltam a entrar como receita mas tem o efeito de aumentar a visibilidade da despesa.

Julgo também que teria efeito moralizador se estendido ao sector privado pois muitos destes custos são uma forma encapotada de remuneração a quadros gestores/superiores fugindo à tributação devida.

PROCEDIMENTOS:

a) Despesas com aquisição/aluguer de viaturas – a suportar pela empresa/empresário individual (ao somatório da totalidade dos valores pagos por todas as despesas com aquisição/aluguer de viaturas da empresa/empresário individual, aplicar o escalão máximo em vigor de IRS e SS quer de componente funcionário+quer de componente empresa) – excluir valores referentes a viaturas comerciais

b) Ajudas de custo/despesas representação de e com funcionários (refeições, combustível, viagens/transportes, alojamento, conservação e reparação viaturas, seguros de viaturas) – a suportar pela empresa/empresário individual (ao somatório da totalidade dos valores pagos por todas as despesas de representação da empresa/empresário individual, aplicar o escalão máximo em vigor de IRS e SS quer de componente funcionário+quer de componente empresa) – excluir custos com estacionamento/portagens e deslocações em meios de transporte terrestre público